quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Jeffrén não estava a dormir


A fotografia correu mundo e logo os adeptos do Sporting encontraram um motivo para aumentar as críticas a Jeffrén, um jogador que prometeu muito na primeira época apesar das lesões, mas que tem estado vários furos abaixo do esperado.

A imagem captada por um fotógrafo da Global Imagens é motivo de notícia hoje no jornal O Jogo (do mesmo grupo que a Global Imagens), que esclarece que "na verdade, o momento ocorreu escassos instantes antes do apito inicial do árbitro Bruno Esteves e não passou de uma questão de segundos em que o extremo fechou os olhos e baixou a cabeça."

Pessoalmente, não precisava deste esclarecimento, deste "preto no branco". Quem é que, no seu devido juízo e analisando de forma puramente racional, pôde pensar que um jogador do Sporting, fosse ele qual fosse, tinha adormecido no banco de suplentes? É sintomático do estado de nervos e ansiedade em que andamos todos. Com razão.

Uma última nota para a decisão de Vercauteren de dar um dia de folga ao plantel. Sinceramente, não me choca. Ao contrário do que se tem vindo a escrever, hoje não seria o primeiro dia, mas sim ontem, conforme foi dito várias vezes durante a conferência de imprensa. Especulando apenas, não me admiro nada que Vercauteren tenha auscultado o estado dos jogadores e percebido que esta era a melhor decisão a tomar. O cansaço mental é tão perigoso como qualquer outro e esta alteração de rotina, é importante não só para os jogadores mas também para a relação de confiança entre equipa técnica e plantel. Vercauteren está a dizer que percebe os jogadores, que podem contar com ele, que terão tempo para aquilo que precisam. Isto numa mão. Na outra, estará o futuro, em que terá a mesma liberdade para lhes exigir total entrega e dedicação. Sinceramente, encaro esta decisão como mais um mind game que tem tudo para dar frutos.

Falta saber se o treinador aproveitará/está a aproveitar o dia para conversar com vários jogadores.

Um pressentimento para o futuro de Vercauteren

Vai ter sucesso, vai fazer melhor. Poderá até nem consegui o terceiro lugar ou vencer uma competição mas a equipa vai jogar futebol, vai ter um verdadeiro núcleo duro e vai carregar no "travailler" em Alcochete da mesma forma que fez na conferência de imprensa. Mas isso não vai ser suficiente.

Tive a oportunidade de assistir à conferência de imprensa na íntegra e o que senti? Um presidente sempre evasivo a explicar a razão do contrato de oito meses e um treinador a mostrar que quer fazer trabalho e que gostaria de continuar por perceber que tem condições no Sporting que não teria em mais lado nenhum.

Os adeptos vão ter saudades de Vercauteren mas parece que Godinho Lopes tem outro plano para o futuro e que o vai cumprir independentemente do sucesso do belga. É pena, é um erro que o Benfica já cometeu diversas vezes no passado. Vilarinho também tinha um plano, o de meter Toni na equipa a todo o custo, mesmo que isso implicasse que Mourinho batesse com a porta. Na hora da verdade, daqui a oito meses, Godinho vai ceder a outras pressões, a de arranjar um outro treinador que lhe vão soprando ao ouvido com promessas de mundos e fundos.

A ideia que transparece é que Godinho Lopes confia em Vercauteren para esta época mas não para o projecto. Até por isso Vercauteren já vai dizendo que o treinador é o que menos lugar tem garantido num projecto, mas que nem por isso o projecto deixa de ser bom.

Espero estar enganado.

Dixit: Frank Vercauteren


7 de Novembro - antevisão ao jogo com o Genk

"O que queremos ter é qualidade a todos os níveis: técnica, passe, disciplina táctica e entrega física, não a 100, mas a 200 por cento, e moral alto, para sermos mais forte do que os outros. Isso decidirá o resultado"

"É importante conhecer a qualidade do adversário, mas isso não chega, é preciso conhecer a nossa. O mais fácil para mim não existe. Cada jogo é diferente e é sempre difícil. Talvez na teoria seja mais fácil, mas temos é de fazer o nosso trabalho."

"Não há sectores em particular. Ganhamos a 11, 12, 14... jogadores, equipa técnica, dirigentes. Não é por a defesa ter problemas que o problema é sempre provocado pela defesa. É sempre em bloco e juntos que temos de melhorar. O trabalho por sectores é mais para uma época inteira. Agora temos de confiar no que temos e melhorar"

"Não ganhámos em Setubal, nem no jogo anterior e perdemos jogadores. Não há vantagem. Temos de dar o máximo para bater um adversário que lutará com o mesmo objectivo. Prefiro ganhar frente a um adversário completo, mas prefiro também que a minha equipa esteja completa. Mas nunca haverá desculpas. Claro que temos de fazer tudo para ganhar, esteja o Genk completo ou não"

"Não estou no lugar do treinador do Genk. Não sei o que se passa na equipa dele. Presumo que farão o seu jogo. Mas não me vou adaptar ao Genk e sim dificultar a tarefa deles."

"O que vamos tentar fazer é potenciar os momentos melhores e minimizar os menos positivos [frente ao V. Setúbal]. Creio que os jogadores compreendem o que quero dizer. Mas o mais importante é conseguir ganhar. Na primeira parte em Setúbal colocaram em campo tudo, o Vitória teve meia ocasião e marcou, enquanto nós, com quatro ou cinco, não. Eles sentem que não houve recompensa"

"Nunca disse que não estava satisfeito com a qualidade da equipa. Falei de alguns jogadores, mas isso não significa que são culpados. Estamos à procura de soluções. As razões até podem estar noutros sítios"

"Penso sempre no que correu bem. É fácil falar do que correu mal. Comecei pelos aspectos positivos. Claro que tirei ilacções, aprendemos com os erros, mas prefiro ter uma atitude mais positiva"

"É possível [haver alterações no onze], mas não será por alguém ter feito um mau jogo e tenha de sair."

"[Jogadores da equipa B] Se for necessário, numa determinada posição - e não só para amanhã, mas também para domingo - por que não? Há jovens jogadores bons. Mas também não quero enterrar jogadores, queimá-los"

4 de Novembro - após a derrota com o Vitória de Setúbal (2-1)

"Começámos bem, mesmo sofrendo um golo feliz. Quando uma equipa não está bem acontecem estas coisas. Depois assumimos o comando do jogo e tivemos mais oportunidades. Ao intervalo não estava descontente. Era preciso continuar assim na 2ª parte, mas não conseguimos ter a mesma qualidade na 2ª parte. Demos oportunidades ao adversário e depois tivemos de correr atrás do prejuízo. Mesmo contra dez não tivemos muitas oportunidades."

"É errado pensar negativamente. É normal, mas temos de ser positivos. Não podemos estar felizes, mas temos de ser positivos. Temos de trabalhar e melhorar. Estamos desiludidos mas temos de ultrapassar isto."

[mudou o treinador mas o desfecho foi o mesmo. A que se deve este momento do Sporting?] "Temos dois problemas: em primeiro lugar não se ganha, e depois não há tempo. Há muito trabalho para fazer."

[gostou da atitude?] "A atitude foi boa. Não me posso queixar. Não tivemos foi continuidade. Podemos sempre fazer melhor. Quisemos fazer melhor, mas não conseguimos."

"Essa abordagem é errada. Vocês sabem que agora não podemos contratar. Eventualmente em Janeiro. Se falo de reforços é porque não confio nos jogadores que tenho. Agora só podíamos contratar jogadores livres, e se estão livres ou não são bons não estão em forma. Tenho de trabalhar com este grupo, sem arranjar desculpas."

"Tivemos falta de confiança e concentração. Estou desapontado com a qualidade de alguns jogadores, sem referir nomes. Os próprios jogadores sabem quem jogou bem e quem não jogou bem. Alguns tentaram reagir e outros não. Mas um ou dois jogadores não são culpados. A equipa é que é culpada porque perde. Peço desculpa aos adeptos"

3 de Novembro - antevisão ao jogo com o Vitória de Setúbal

"Não haverá revolução. Isso colocaria em causa o trabalho dos meus antecessores. Manterei 80 ou 90 por cento. O que mudar será pouco a pouco, em função da condição dos jogadores. Revolução não. Os outros treinadores deixaram um trabalho feito. O Oceano fez um bom trabalho. Vamos incutindo algumas mudanças. Algumas já neste jogo, outras com o Genk, outras com o Braga. Mas revolução não"

"O que conta é a dinâmica, se é boa ou não. Eu próprio gosto de mudar, de vez em quando. Não mudo por mudar, mas para melhorar o desempenho" - sobre sistema táctico

"Equipa está aberta e disponível e precisa de um empurrãozinho que só as vitórias dão. Os jogadores não têm de pensar no passado"

"Não devo pensar em ganhar, mas pensar naquilo que é preciso para ganhar. Não podemos esquecer o caminho. O resultado é o reflexo de um caminho bem escolhido. Não podemos pensar apenas no resultado final, sem saber como chegar lá. Se eles jogarem bem, se fizerem bem o caminho, o resultado aparecerá. A não ser que o adversário faça um trabalho melhor."

"À minha volta tenho pessoas que conhecem bem o adversário, e eu tive acesso a relatórios, vi o jogo da época passada, em que o Sporting perdeu. A preparação dos jogos implica delegação de tarefas, e eu tenho feito isso. Tenho todo o respeito pelo Vitória, e por todos os adversários, mas a minha prioridade é centrar-me na minha equipa. Quem está junto a mim tem ajudado a conhecer o adversário."

"Um jogo de futebol não é apenas primeira ou segunda parte. É do primeiro ao último segundo. Durante esse tempo temos de evitar erros e estarmos presentes. Não sofrer, também, mas sobretudo pensar em marcar. Temos de estar concentrados e ter uma presença muito grande ao longo de 90 minutos."

"Não estarem todos ao melhor nível não pode ser uma desculpa. O treinador tem de estar preparado para isso, e potenciar os jogadores."

2 de Novembro - declarações a A Bola

"Nunca tive dúvidas sobre a qualidade dos jogadores"

"O próximo jogo, com o Vitória de Setúbal, é difícil, como todos sempre são mas vejo os jogadores motivados. As coisas difíceis são para entender e estamos sempre confiantes"

"Passado é passado e foi isso que dissemos, que têm de ter em conta a situação mas esquecer e trabalhar para dar a volta, seguir em frente"

"Estamos a mostrar o que pretendemos. Ainda é preciso interromper muitas vezes o treino mas os jogadores estão a assimilar bem"

30 de Outubro - apresentação como treinador do Sporting

"Durante estes últimos tempos tive oportunidade de reflectir. Decidi ser eu agora a escolher o que queria fazer. Sabia o que queria em termos de qualidade, de estrutura, de forma de jogar, de atitude. O Sporting responde totalmente a todos estes predicados, apesar de os resultados agora não serem bons."

"É de facto um período difícil mas o potencial existe, o talento existe. Não foi difícil a escolha, foi fácil. A única coisa que precisei de conhecer foi os jogadores."

"Antes de podermos pôr a equipa a funcionar, temos de escolher a melhor altura para o fazer. Não é em dois dias que isso se faz. Para mexer, para pôr os jogadores a pensar doutra forma, é preciso tempo. Não pode ser feito de um momento para o outro. É preciso escolher a melhor altura para o fazer. É preciso dar tempo para os jogadores se adaptarem"

"Em termos de problemas com a equipa e jogadores falo com eles e mais ninguém. Jogadores têm potencial que deve ser explorado, quem me conhece sabe bem que não respondo a essas questões directamente."

"Importante é ter uma atitude positiva. Hoje já ouviram o que espero deles e será sempre com eles que falarei."

"Há um problema, isso sim, porque a equipa não ganha jogos"

"Jogo com o Genk? Não me causa problemas, até dá prazer. Tenho boas recordações do Genk e bons amigos mas sou treinador do Sporting e o objectivo é ganhar pelo Sporting"

"Quando pego numa equipa a meio da época não implica alteração nos métodos de trabalho. Tenho é de aproveitar o que já foi feito, perceber a equipa em estados físicos, tácticos e mentais. Tudo o resto, o trabalho e a ambição, não há desculpas. Estamos cá para tentar ganhar a curto prazo e recuperar o máximo que se conseguir"

"Já falei com o presidente sobre um adjunto e pedi um. Ainda não está decidido quem será, primeiro tenho de ver o que existe no clube, definir um perfil da pessoa de que irei precisar e só depois verei quem melhor irá preencher. O factor linguístico terá o seu peso. Neste momento tenho já o Oceano, que é um poliglota."

"Os jogadores também têm de fazer um esforço para comunicar. O português será um factor a ter em conta, eu próprio tentarei aprender a língua o mais rápido possível."

"O problema é não ganhar. É com isso que tenho de me preocupar, ver o que é preciso potenciar a nível técnico, táctico, físico e sobretudo mental."

"Nasci com pressão, vivo com pressão. Quem quer jogar ao alto nível, tem de saber lidar com a pressão. Quem não quiser estar sujeito a pressão, tem de ir jogar para outro lado"

"O lugar do Sporting é no topo da classificação. Para chegarmos lá, é preciso marcar golos"

"Semana após semana, jogo a jogo é o importante. Fazer o melhor todos os jogos, mantendo sempre o horizonte da Liga dos Campeões em vista. Não vamos estar preocupados com outros, vamos estar preocupados connosco"

"É provável que tenhamos de recorrer aos jogadores da equipa B e da academia. É isso que irá já acontecer a partir dos próximos treinos. Não me peçam nomes porque não seria justo, porque depois o jogador ia achar que era tudo fácil e que ia receber um carro do presidente e um contrato melhor. Não é assim que trabalhamos."

"Antes de começarmos a correr temos de saber andar. Temos de ter ambição e ser realistas. Há muito jogo por jogar, muitos pontos por disputar. Prefiro fazer primeiro e falar depois. Temos de procurar a qualidade."

"Enquanto matematicamente for possível, continuamos a acreditar"

"Em qualquer equipa, o treinador é sempre quem está de passagem. Não ficar mais tempo não significa que o projecto não seja bom"

"Quero dizer obrigado aos adeptos, fui muito bem recebido. Há uma grande paixão, fanatismo no bom sentido, são os melhores adeptos que uma equipa pode ter. Tentarei corresponder às expectativas, mostrando muita paixão e muito empenho"

"Quero agradecer ao clube, ao presidente, aos dirigentes, por me terem escolhido. É sempre agradável ser escolhido. É uma oportunidades que muitos gostariam de ter tido. É um prazer, um privilégio. Quero corresponder às expectativas."

"Não sei quanto tempo vou ficar, espero que não sejam apenas os oito meses Quero fazer subir o nível de toda a equipa. Este é um clube muito importante. Não vim para Portugal por ser um país bonito. Vim para estar num projecto que espero que tenha pernas para andar e que seja duradouro"

"Oceano tem sido muito importante, corresponde exactamente ao que me disseram. Quero que fique a trabalhar comigo. Se vier um adjunto, não será para o substituir, mas para ter a melhor equipa possível."

"Jogadores têm potencial. Importa esquecer o passado e trabalhar para concretizar o potencial"

26 de Outubro - declarações à imprensa belga

"Houve dois clubes que entraram em contacto comigo mas quando apareceu a proposta concreta do Sporting decidi logo"

"Vou para um país quente, com estádios bonitos e com um campeonato de qualidade"

"As expectativas são altas. O Sporting é um clube de topo, eles querem os resultados que não têm conseguido nas últimas semanas. Farei o meu melhor para ajudá-los a sair desta situação"

"Na segunda feira estávamos todos a conversar em volta de uma mesa. Foi tudo muito rápido"

24 de Outubro - dia do anúncio oficial
"Os adeptos fazem parte da equipa"

"Estou contente com o Sporting. Muito"

"É uma pena o Sporting estar nesta situação [momento complicado]. Primeiro vamos tentar fazer as coisas com calma. Eu não sou importante. O importante é o clube e a equipa"

"Não tenho comentários a fazer à equipa. Se tiver de dizer alguma coisa é aos jogadores. Vou falar primeiro com os jogadores e com o presidente. Vão ser os primeiros com quem vou falar"

"[Vai ficar só até ao final do ano?] Não, de todo. Agora faço parte da estrutura do clube. Isso é que é importante. Não estou preocupado com o futuro mas não queria ficar por aqui. Gostava de ficar mais tempo mas primeiro temos que ganhar"

"Não tenho nenhum problema, pelo contrário. Esta ligação está de acordo com os meus interesses. Mas isso não quer dizer que não saiba que estou aqui por tempo determinado"

"Pelo que sei é um grande clube. Temos que olhar para tudo o que está à volta. O empenho, a ambição, o funcionamento do clube, o interesse dos adeptos. É um grande clube"

"O campeonato português é bastante conhecido. É possível segui-lo em todo o lado. Tem qualidade, bons jogadores e boas equipas. Por isso é um bom desafio"

"[Espera ser bem acolhido em Lisboa?] Sim, mas isso não é o mais importante. O que interessa é a equipa. Tudo farei para ser bem recebido. A equipa é a minha prioridade"



Dixit: Godinho Lopes


1 de Novembro - entrevista ao jornal A Bola

“Quem paga um bilhete para ir a Alvalade, quer ver a sua equipa ganhar, ou ver uma entrega dos jogadores que honrem o clube”

“Para além de ganhar, tenho outra ambição: fazer com que os sportinguistas se sintam bem em casa. Que percebam o que são os seus activos e que possam vir aplaudir ou assobiar, mas percebendo que ali estão os seus activos”

“No último jogo verificámos que alguns jogadores falharam passes que não tinha a ver só com o facto de o piso estar molhado ou a bola ser travada pela chuva. Houve falhas efectivas e na minha opinião resultaram do bloqueamento demonstrado pelos jogadores”

“Queríamos alguém que percebesse o estado do clube, conhecesse as alterações que houve e as nacionalidades da equipa. Tinha que ser alguém que fechasse e congregasse em si essa capacidade”

“Quem conversou sozinho com Franky Vercauteren fui eu. Quem identificou o perfil fora das imagens virtuais fui eu. A determinação da escolha foi minha”

“Estou a exercer novas funções, com novas responsabilidades e tenho que ter os meus próprios objectivos de acordo com isso”

“Ainda há dias [Vercauteren] me contou o seguinte episódio: na Bélgica, às refeições, os jogadores flamengos sentam-se separados dos francófonos. Está habituado a idiossincrasias, culturas e maneiras diferentes de reagir. A principal característica que me agradou, já que o resto vamos ver, foi a sua sensibilidade para ver o que é o Sporting e o seu momento”

“Pode levar um a dois meses até colocar a equipa em condições diferentes das que está hoje. A qualidade está cá”

“Havia a necessidade absoluta do discurso directo correspondente à formação, contratação, à ligação com o treinador, estar na minha pessoa”

“[Falha do Sporting] Organização, disciplina, métodos, respeito… Há muita coisa que se passa em toda a ala da formação”

“Paulo Farinha Alves tem a preocupação de criar métodos, carreiras, organização disciplinar e tudo isto não tem a ver com o futebol directamente, mas sim com organização e princípios”

“Luís Duque e Carlos Freitas contribuíram para a minha eleição, não tenho dúvidas, e estou grato pelo seu trabalho. Isso não está em causa. Não vão ouvir-me dizer uma palavra contra. Olho sempre para o futuro. Preciso sempre de saber se tenho um rumo e se ele é ou não o melhor para o Sporting”

“Custa-me estar a falar de dinheiro, pois os sportinguistas querem é vitórias”

“O Sporting tem de ser gerido de dentro para fora, com disciplina. O Sporting tem futuro desde que nos respeitemos uns aos outros e saibamos respeitar um projecto de três anos de mandato”

“Com tanta oposição interna, não precisa de haver oposição externa”

“Existe e existirá sempre [perigo de aventureirismo]. As pessoas que andam com a cabeça enterrada na areia, de vez em quando, aparecem”

“Saiu outro dia um livro da ECA. E qual foi o clube em Portugal em que falaram da academia? O Sporting! Houve uma eleição das três principais academias europeias. E quem lá está? O Sporting! Olhamos para a equipa nacional e de quem são as principais referências? Do Sporting! Olhamos para os dois jogadores galardoados com o maior prémio mundial e são do Sporting…”

“Quando aprovámos na assembleia geral do Sporting a fusão da SPM com a SAD estava a criar condições de balanço para que a situação líquida do Sporting fosse diferente com um único objectivo: começar a trabalhar para respeitar as regras do fair-play financeiro, que é uma matéria fundamental”

“A época 2012/203 é fundamental para que possa alterar as condições de balanço e criar um caminho positivo na área financeira e a sustentabilidade do clube, com capitais próprios, para que a UEFA verifique que estamos no rumo certo e que podemos participar nas competições europeias em 2015”

“Cada um apareceu com o seu treinador e eu fui o único que não surgiu. Domingos apareceu mais tarde. Nunca quis ligar a minha candidatura a nenhum treinador por querer estar livre para tomar decisões e não querer ganhar votos à conta do treinador”

“Não vou colocar em cima da mesa as razões que estiveram subjacentes à saída de Domingos. Primeiro pelo respeito que tenho por ele (falo com ele todas as semanas como falo com o Ricardo) e em segundo porque temos um documento assinado, que também vou respeitar. A razão principal do seu afastamento foi que face às ambições do Sporting, era preciso colocar outra pessoa”

“O Ricardo não chegou a ser campeão nos juniores, estava a fazer um bom trabalho, e pensou-se que, sendo uma pessoa da casa, e que a conhece bem, não poderia sequer discutir-se o seu sportinguismo, pelo que entendíamos que tinha condições para pegar na equipa e ganhar”

“Desminto se disseram que fizemos um mau campeonato na época passada. Afinal de contas fomos às meias-finais da Liga Europa, à final da Taça de Portugal e ficámos em quarto lugar no campeonato, a três pontos do SC Braga e a 16 do FC Porto”

“Entendi que era o momento de, de uma forma transversal, pôr os dirigentes do clube que me apanharam em todo este processo também na SAD, de forma a que, de uma forma clara, quem foi eleito e que é responsável pelas derrotas, também seja responsável no momento das vitórias. E que tenha uma palavra a dizer, pois afinal de contas dão o rosto todos os dias pelo clube. Entendi que era a melhor maneira de unir o Sporting à SAD e dizer que quem foi eleito também tem responsabilidades”

“Posso dizer que notícias que saíram com eventuais investidores acabaram com essas possibilidades. Prejudicaram o Sporting. O estado hermético é fundamental para o futuro”

31 de Outubro - apresentação de Franky Vercauteren 

"Fui adiando o tema de propósito na medida em que entendi que depois de termos substituído como substituímos o Domingos, merecia uma reflexão mais atenta esta nova substituição."

"Aproveito para agradecer a paciência que os adeptos têm tido. Estou atento aos sinais. Estou a trabalhar para criar um projecto sustentável, não se criam resolvendo os problemas à pressa, mas criando condições para que o Sporting crescer e possa de facto voltar a atingir os níveis pergaminhos que merece."

"A contratação do Franky representa exactamente esse passo que teve de ser precedido pelo afastamento de Luís Duque e Carlos Freitas e da tomada de posse do novo conselho de administração. O treinador tinha de tomar posse com o projecto estável, falando com quem já estaria de futuro. Por isso pedimos a Oceano que assumisse a equipa durante quatro semanas e aproveito para agradecer a dedicação e coragem. Resultados não tiram o mérito ao seu empenho e seu trabalho. Oceano vai fazer parte da futura equipa técnica como adjunto do Franky."

"Não quero criar expectativas de que tudo estará alterado no próximo jogo. Há um trabalho de fundo que tem de ser feito. Pôr tudo a jogar com a qualidade que o Sporting merece necessita de tempo. Aquilo que peço é que acreditem no trabalho de fundo que está a ser feito, acreditem que esta mudança é uma mudança a favor do Sporting e que é uma mudança que vai permitir criar condições para que o Sporting volte aos lugares da ribalta que merece."

"Houve dezenas de treinadores que se ofereceram para o treinador do Sporting e enquanto os nomes iam corrido na imprensa já tínhamos escolhido Vercauteren. Antigo jogador, com qualidade, aposta na formação, ganhador e a aceitou um desafio que não é fácil a ter contrato até Junho. Estamos a construir um projecto sustentado. Acredito na qualidade e estamos a criar condições para poder ganhar."

"Vercauteren já tinha visto o jogo com o Moreirense. Pediu dois meses para aplicar os seus métodos."

"Fui eleito para cumprir um mandato de três anos e estou para cumprir um mandato de três anos."

"Referi várias vezes que no primeiro ano era preciso aproximar o clube e os adeptos. Fiz 120 mil quilómetros de estrada em Portugal para estar perto dos adeptos. Disse que o segundo ano era de restruturação. E disse que o terceiro ano era para ganhar desportivamente e é isso que vamos fazer."

"Não sou surdo aquilo que os adeptos dizem, têm legitimidade para dizer aquilo que entendem e eu estou aqui para ouvir, para ter paciência e quando eles têm razão, mais do que nunca, respeito."

"Se vier investidor, a situação ficará mais tranquila. Há duas maneiras de o fazer: difundir a marca Sporting no exterior e adaptar a estrutura de custos para poder garantir que os resultados operacionais são positivos. É uma promessa que fiz desde o princípio e que vou cumprir. Fazendo-o estou a criar condições de sustentabilidade"

"Estou aqui para servir os adeptos e não servir-me a mim. Estou aqui para demonstrar jogo após jogo que mereço estar aqui. Estou aqui para trabalhar. O que peço é que acreditem que o trabalho que está a ser feito é um trabalho sustentável"

"Não estou a procurar desdramatizar mas gosto de relativizar. Drama é as pessoas não terem para comer, perderem o emprego, morrer em acidentes. Um clube tem altos e baixos em 107 anos. Importante é saber o que estamos a construir. Não venho chorar mágoas do passado do que encontrei no clube. A escolha vem incorporar o desafio que entendi que era mais adequado para corresponder às necessidades do Sporting"

"Posso prometer trabalho e que jogo após jogo vai haver alterações. Seria uma promessa errada da minha parte dizer que seria já no primeiro jogo. Posso garantir que o trabalho que está a ser feito é sério."


24 de Outubro - sobre Franky Vercauteren

"Ele foi escolhido por variadíssimas razões. É um homem de formação, foi da formação do Anderlecht. É um homem campeão: nos últimos cinco anos foi campeão três vezes"

"A última das vezes foi campeão num clube como o Genk, em que foi buscá-lo ao 12.º lugar – nós por acaso estamos em 12.º lugar [risos], é uma coincidência"

"Para além disso, ele integrou inúmeros miúdos – o Vossen, por exemplo (quero-vos dizer que foi um jogador que nós pensámos nele) é um jogador que foi ele que o foi buscar"

"Variadíssimos jogadores que hoje integram as equipas do Anderlecht e do Genk foi ele que os foi buscar. Portanto é um treinador que tem 56 anos, mas está determinado e aceitou vir até Junho, com possibilidade depois de nós podermos optar por renovar"

"Aceitou o desafio, conhece o momento do Sporting e conhece que o Sporting além de apostar na formação, hoje tem 11 nacionalidades dentro do Sporting"

24 de Outubro - programa "Última Palavra" com Fátima Campos Ferreira

"Devemos ter em conta para onde devemos ir. O Sporting tem de afirmar naquilo que é bom o seu futuro. O seu futuro é a formação"

" Escolha do treinador não é causa nem efeito da saída de Duque e Freitas. Quero dizer que houve ofertas de dezenas de treinadores. Sporting é um clube grande, não só nacional como internacionalmente"

" Queríamos um treinador que atingisse a internacionalização da marca do Sporting através da formação"

"Quando se escolhe depressa um treinador é porque já estava tratado e diz-se que fizemos a folha ao treinador. Quando demoramos tempo é porque demoramos tempo"

"O futebol vai ficar debaixo da minha responsabilidade. Vou seguir mais de perto todas as decisões (anteriormente eram partilhadas e sou totalmente responsável por elas)"

"Na formação, Sporting tem tido sucessos atrás de sucessos. É um modelo organizado"

"Alguma coisa está errada, no Sporting ganhámos dois campeonatos em 30 anos. Havia uma bicefalia clara entre o Sporting e a SAD. Paulo Farinha Alves surpreendeu muita gente, veio para tratar da organização ligada ao futebol"

"Scolari foi um nome, houve variadíssimos nomes. Procurámos encontrar qual era o nome que respondia aos novos desafios do Sporting. Scolari teve sucesso em Portugal, toda a gente ficou satisfeita com Scolari"

" Eu não posso criticar a comunicação social por especular. Claro que não (banca não teve nada a ver com escolha do treinador). Banca tem sido largamente injustiçada em todo o processo. Banca tem financiado o Sporting nos últimos anos"

" Gostaria de ter uma escolha mais abrangente. Precisava de alguém que tivesse o ADN da formação. Sporting escolheu o treinador que queria desde o primeiro momento"

"Depois da saída de Sá Pinto, fui conversando com Oceano relativamente à restruturação que estava a fazer. Sabia desde a primeira hora tudo o que estava a acontecer"

"Domingos Paciência é uma pessoa que gosto, cuja personalidade eu gosto. Não vou fazer nenhuma crítica, nem a ele nem Sá Pinto. Sporting vai deixar de pagar a três treinadores em Novembro, porque Domingos está cansado de não trabalhar, diz que vai começar a treinar"

"É o momento do Sporting ter o seu projecto e não ser evasivo"

"Orientação vem de dentro para fora. Vou dizendo o que acho que devo dizer em cada momento"

" É inacreditável. Toda a gente fala no Sporting"

"Eu continuo cá. Onde é que está o fraquejar? Fraquejar é bater a porta e ir embora"

" Eu acho que tenho jeito para fazer aquilo que gosto, que é para ser presidente do Sporting. Eu tenho de gerir o Sporting como um clube. Tenho de saber em cada momento aquilo que é mais importante para o Sporting. Modalidades não servem só de bandeira eleitoral para dizer que é tudo eclético"

"Eu fico envergonhado com o desempenho do Sporting"

" Investimento estrangeiro não é tão importante assim para a restruturação financeira"

" Sporting não só tem os ordenados em dia como não tem instruções para acabar as modalidades. Atrasos de 10/15 dias são normais no futebol"

"Com tanta gente a dizer mal do Sporting e que é um clube falhado, gostava de investir no Sporting? Tive de redefinir a minha estratégia, para criar condições de sustentabilidade quer haja investidor ou não"

"Tenho a certeza de que ganharia se houvesse eleições agora"

" O Luís Godinho Lopes esteve a conhecer o clube por dentro. Vai haver um regime presidencialista no contexto do Sporting"

"A minha voz tem-se feito sentir. Afinal de contas, as pessoas têm saído e eu tenho ficado"

"Estratégia passa por assumir que a formação faz parte do ADN do Sporting"

" Estou preocupado com o clube que gosto, não estou preocupado comigo. Nunca passei uma AG com menos de 62/63% dos votos depois de ter ganho as eleições com 37%"

"Sou incapaz de me demitir"

"Nenhum clube vive a pagar um quarto daquilo que vende em encargos financeiros"

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Isto também é o Sporting


Foi mau demais. Foi angustiante. Foi de levar ao desespero. Uma equipa perdida psicologicamente e sem capacidade para impor a sua qualidade em campo. Não há optimismo que consiga resistir ao que se tem passado, semana após semana, quando o Sporting entra em campo. Voltámos a não sofrer golos, algo que só tinha acontecido com V. Guimarães e Basileia, mas por outro lado o ataque foi miserável. Sem dinâmica, sem desequilíbrios e com uma estratégia muito mal pensada, à espera que uma consistência da mediocridade pudesse fazer a diferença. Oceano também é culpado, muito culpado. Afinal de contas, isto também é o Sporting.

Gosto de acreditar que aprendi a ser do Sporting, ninguém me ensinou, ninguém me forçou ou indicou o caminho. Encontrei uma figura a copiar na família e percebi com ela o sportinguismo. Dava-me lições do que era o Sporting mas sem me impor o que quer que fosse. Mostrava-me o que o clube tinha de bom sem sequer precisar de dar a entender o que tinha de mau. Era a fase do jejum, ninguém deixava passar isso em claro. Não faltavam adultos a promover lavagens cerebrais, a ridicularizar o Sporting e a vangloriar o Benfica. Ser do Sporting era mais do que isso, era ter orgulho.

É perfeitamente natural que tenha uma visão mais romântica daquele tempo, de achar que naquela fase, apesar de não ganharmos, é que era. Para mim, era porque havia Balakov, um mago búlgaro que fazia tudo. A classe abundava naquelas equipas, com Figo, Cadete, Peixe e até Nélson e Paulo Torres pareciam dois laterais de fazer inveja a todos os adversários. Ofensivos como se queria numa equipa com o Sporting. Mas sejamos honestos, essa geração apareceu num período em que o Sporting esteve 13 anos sem ganhar um único campeonato, uma única Taça de Portugal. Salvou-se uma Supertaça a que fomos por termos perdido a Taça de Portugal. Por outro lado, tenho a certeza que quem tenha nascido dez anos, dirá o mesmo do que eu mas sobre António Oliveira ou Manuel Fernandes. E que quem veio depois terá João Pinto ou Hugo Viana. É sinónimo do romantismo que sentimos quando estamos a crescer em volta de um fenómeno.

O mundo mudou. O Sporting parece estar imerso numa nova fase terrível e leio constantemente desabafos de adolescentes que dizem que o Sporting não é isto. Têm 15, 16, 17 anos. Faço as contas e vejo que não sabem o que dizem. Só por terem aprendido a falar enquanto se ganhavam títulos, não quer dizer nada. O Sporting não devia ser isto, isso sim. Mas é isto. É isto agora, foi isto há 20 anos, foi isto praticamente desde a década de 60, em que se contentava por ganhar um título a cada três do Benfica.

E o que posso dizer mais? Este Sporting está capaz de envergonhar o adepto mais optimista mas ser do Sporting continua a ser um orgulho. Ser do Sporting é ser diferente, sim. Não é melhor, nem pior, é diferente. Ter liberdade de escolha e optar pelo Sporting é único. Não é ser alternativo ou hipster, mas ter personalidade. Não é ser refém do "maior de Portugal" ou do que ganha mais. É abrir os olhos, ponderar e escolher um caminho, porque a vitória não pode ser o único fundamento de uma escolha, de uma paixão.

Sofro com este Sporting. Sofro eu, sofres tu, sofrem os adolescentes que acreditam que isto não é o Sporting. Infelizmente, já não sofre quem me mostrou o que era ser do Sporting. Já morreu e é uma pena. Faz-me falta ter alguém tão próximo com quem partilhar este orgulho.

Bruno Esteves e o passado nos jogos do Sporting



Anteriores jogos com o Sporting:
2010/2011 - Liga Portuguesa - Sporting 3-3 Naval
2011/2012 - Taça de Portugal - Sporting 2-0 Belenenses
2011/2012 - Taça da Liga - Sporting 0-1 Gil Vicente
2012/2013 - Liga Portuguesa - Sporting 0-0 Académica

Quatro jogos, uma vitória, dois empates e uma derrota

Este é o árbitro que:
  • esteve no jogo de despedida de Liedson
  • assinalou um penálti a favor e um contra no Sporting-Naval
  • expulsou Onyewu e assinalou um penálti contra no último jogo de Domingos em Alvalade pelo Sporting
  • esteve na estreia do Sporting B na II Liga. Foi a única derrota do Sporting B até agora e Diego Rubio foi expulso perto do fim.
  • não assinalou um claro atraso ao guarda-redes na área da Académica
  • esteve no último jogo de Oceano como treinador interino

domingo, 28 de outubro de 2012

Dixit: Bruma

27 de Outubro de 2012 - Entrevista a A Bola

"Penso que o talento não tem idade. Estou pronto para jogar na equipa principal do Sporting e vou esperar por uma oportunidade. Os treinadores conhecem-me, sabem o que sou, esforço-me para isso"

""Não, nada disso [pensar numa equipa estrangeira]. O meu sonho é representar a primeira equipa do Sporting"

"Quando contrataram Labyad, que é para a minha posição, liguei ao meu empresário e falei com ele. Disse-me para ter calma, pois o Labyad pode fazer outras posições, como a de número 10, com o Izmailov, e que na minha há Capel, Carrillo... É com eles que quero discutir o lugar"

"Oceano é bom treinador, é meu amigo, falamos e discutimos ideias. Penso que ele pode acreditar em mim e lançar-me. O Sá Pinto não o fez... pode ser que Oceano, que vai ficar na equipa técnica, o faça. E espero que Vercauteren olhe para a formação"

"Chegou o momento do Sporting decidir o que quer de mim, de forma a poder, com o meu empresário, pensar no melhor para mim"

"É o meu sonho, jogar e fazer carreira no Sporting. É o clube do meu coração"

"Claro! [Fico aborrecido quando jogadores da formação são emprestados]. Não quero que isso aconteça comigo. O caso do Wilson Eduardo, por exemplo... Não quero isso para mim. Fico triste"

"Sim, sinto [que sou mal pago]. Sou um jogador mal pago. Mas agora, com 18 anos, pode acontecer qualquer coisa na minha vida"

Proposta de quatro milhões de euros do Manchester City "Isso é verdade, mas também é verdade que não fiquei ansioso, pois não estava a contar com isso. Mesmo que o Sporting aceitasse, eu não queria ir. O meu objectivo é jogar na equipa principal do Sporting. Não quero ir para lado nenhum"

"Os portugueses têm de apostar mais nos nossos jovens. Daqui a uns anos não há Ronaldo ou Nani. E a selecção, como é?"

"Sunil Chhetri é um amigo, está sempre a elogiar-me. Digo-lhe que não sou nada. Brincamos muito. O indiano é bom rapaz e toda a gente gosta dele"

"Ligam-me muitos empresários, não respondo. Só ouço o Cátio..."

" Começaram a chamar-me Bruma ainda na Guiné. O meu avô quis que fosse Armindo, mas o meu pai queria que fosse Bruma para homenagear um amigo dele que tinha morrido. E Bruma fiquei"

"Escrevi-lhe [a Balotelli] e ele enviou-me uma camisola autografada. Nunca falei com ele. mas já somos amigos"

Objectivo para a jornada

- Vencer e ficar a dois pontos do terceiro lugar!

A idade de Vercauteren

O novo treinador do Sporting faz hoje 56 anos. Jogador que fez a diferença durante as décadas de 70 e 80, tornou-se adjunto no final da de 90 e alcançou os primeiros títulos no novo milénio. O jogo de estreia, a 4 de Novembro em Setúbal, fará dele o mais velho treinador dos leões a estrear-se nos últimos anos.

Franky Vercauteren - 56 anos
Oceano  - 50 anos
Sá Pinto - 39 anos
Domingos Paciência - 42 anos
José Couceiro - 48 anos
Paulo Sérgio - 42 anos
Carlos Carvalhal - 43 anos
Paulo Bento - 36 anos
José Peseiro - 44 anos
Fernando Santos - 48 anos
Laszlo Bölöni - 48 anos
Manuel Fernandes - 49 anos
Augusto Inácio - 44 anos
Giuseppe Materazzi - 53 anos
Mirko Jozic - 58 anos

Dixit: Van Wolfswinkel



25 de Outubro - após derrota com Genk (2-1) ao site Eredivisie Live

"Estou muito decepcionado com o resultado. Queríamos os três pontos, porque precisávamos desesperadamente. Agora vai ser tudo mais difícil. Estivemos bem no jogo até ao cartão vermelho (de Khalid Boulahrouz). Foi complicado

"Temos qualidade real mas as vitórias não aparecem. Portanto, estamos em uma posição difícil. É difícil identificar as causas para esta situação. Estamos a trabalhar duro para melhorar a situação"

sábado, 27 de outubro de 2012

Vercauteren contradiz Godinho Lopes?


Ponto 1: procurei tanto quanto podia e não encontrei as declarações de Vercauteren na fonte. Todos os sites portugueses têm praticamente as mesmas frases e escritas da mesma forma, pelo que parto do princípio que terá sido um texto da Lusa. Não tendo outra solução, vou acreditar na tradução e analisar os comentários partindo do pressuposto que foram ditos precisamente dessa forma.

O mais importante é tentar perceber de que forma as frases comprovam o que foi sendo dito por Godinho Lopes desde a saída de Sá Pinto. O presidente foi sempre dizendo que o treinador estava identificado - on the record - dando a entender nas entrelinhas que havia mesmo um nome contratado mas que não era anunciado enquanto esperava pelo timing certo.

Eis as duas frases de Vercauteren que nos ajudam a decifrar mais um pouco. "Houve, de facto, dois clubes que entraram em contacto comigo. Mas quando apareceu a proposta concreta do Sporting decidi logo" e "Na segunda-feira estávamos todos a conversar em volta de uma mesa. Foi tudo muito rápido".

Conclusões, não necessariamente verdadeiras e portanto apenas especulativas:
  • Vercauteren fala em proposta concreta. As duas partes já tinham falado - daí a menção a Duque e Freitas por parte de Godinho - mas não passava de uma possibilidade. Godinho fez bluff?
  • Se Vercauteren estivesse apenas à espera, de nada valeriam os contactos do Standard Liège e do Gent
  • Sentaram-se numa mesa na segunda-feira? Foi tudo precipitado pela derrota em Moreira de Cónegos? As menções a José Couceiro como possível treinador durante segunda-feira comprovam-se como falsas. Acredito que possa ter sido uma possibilidade mas apenas como treinador
Todas as declarações de Vercauteren desde que é treinador do Sporting podem ser vistas aqui. As dos outros intervenientes do Sporting estão também disponíveis na coluna lateral

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Derrota com sinais positivos

Uma análise mais profunda aos jogos só vai começar com Vercauteren no banco, mas é impossível andar já por aqui e não abordar alguns pontos do jogo de hoje na Bélgica. O sinal mais positivo que salta à vista é claro: é impossível não melhorar. A Taça de Portugal já fugiu, a Liga Europa ainda é uma realidade mas poucos acreditarão ser 100% possível e o cenário do campeonato é negro apesar de tudo ser possível, salientando especialmente que o terceiro lugar é uma realidade que não deve ser ignorada.

E em campo? Franky Vercauteren há-de ter tirado conclusões claras. Dois golos sofridos de canto, a adicionar mais um no jogo de Moreira de Cónegos. É um excelente sinal começar por perceber o que está mal e, neste caso, a níveis defensivos, as bolas paradas são uma lacuna óbvia. Felizmente (sim, felizmente) são fáceis de corrigir. Não estamos a sofrer golos por perdermos duelos aéreos, mesmo que não os ganhemos com a frequência desejada. Mais do que isso, é uma questão de posicionamento. Pablo marcou na Taça de Portugal porque não havia um único jogador à entrada da área (e não foi uma situação pontual, manteve-se durante o jogo). Hoje, com o Genk, Oceano pareceu ter corrigido essa nuance, mas continuou a pecar em outras. No primeiro golo, Rojo perde no ar, mas é Cédric que fica plantado na pequena área. No segundo golo, o posicionamento da defesa à zona está demasiado próximo do primeiro poste.
Porquê? Vejamos com a imagem...


O que salta à vista? Não há jogadores no poste e tirando o primeiro obstáculo, toda a defesa à zona está entre o primeiro e o segundo poste. Mais do que não haver jogadores nos postes, é este posicionamento demasiado centralizado (jogadores deviam deslocar-se em bloco para a zona do primeiro poste) que permite que a bola entre a uma altura relativamente baixa numa zona demasiado "quente" e que permita que um desvio de cabeça seja praticamente sinónimo de golo.

Se eu fosse Vercauteren, estaria satisfeito. Corrigir posicionamentos nos esquemas tácticos é uma tarefa simples e fácil de assimilar. Por que não foi feito até aqui? Muito provavelmente, Sá Pinto não se preocupava com isso e Oceano, sabendo que estava a prazo, optou por outras prioridades. E, claro, não havendo um núcleo claro que se mantenha no onze, torna-se difícil que os jogadores acabem por criar rotinas próprias.

A segunda grande dificuldade relaciona-se com a transição defensiva. Até agora, o Sporting já sofreu 16 golos na temporada: dois de penálti (Estoril e FC Porto), um de livre directo (Marítimo), quatro de canto (Videoton, Moreirense e Genk-2) e seis em ataques rápidos (Horsens, Rio Ave, Gil Vicente, Estoril e Moreirense-2). Quantos sobram? Três: ataque continuado de Videoton e FC Porto e um que se torna difícil de catalogar, graças ao erro de Boulahrouz na Hungria. E é por isto que Vercauteren estará satisfeito. Mesmo que ainda não saiba, vai acabar por ver os jogos e perceber que a grande lacuna desta equipa é trabalho de laboratório. Que é possível começar por aí e reconstruir a equipa a partir do plano defensivo.

E é isto que me deixa optimista também. Com profissionalismo, rigor e atenção aos pormenores, as desconcentrações vão deixar de existir e os golos marcados vão começar a fazer a diferença.

Eu acredito!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dixit: Cédric

Dia 25 de Outubro - após derrota com o Genk (2-1)

"Este jogo era muito importante para nós e não conseguimos a vitória com muita pena nossa. A equipa controlou o jogo, teve uma atitude à Sporting e foi pena termos ficado com menos um jogador. Foi a partir daí que perdemos o controlo do jogo e que o Genk teve aquela - não sei se lhe podemos chamar bola de golo – oportunidade para marcar e vencer"

"Fica o empenho da nossa equipa neste jogo e é de realçar a força da nossa equipa."

"Vercauteren deve ser um bom treinador, pois caso contrário não estava no Sporting. Vou ter tempo de o conhecer e de trabalhar com ele com todo o prazer. Cada coisa a seu tempo"

Godinho Lopes acordou em 2009


Daniel Sampaio aguçou o apetite dos sportinguistas com o optimismo de uma nova solução desportiva e financeira. Um dia depois, Godinho Lopes explicou no Conselho Leonino e em entrevista a Fátima Campos Ferreira, que essa fórmula mágica não é mais do que um regresso ao passado. Um passado que terminou com Paulo Bento e foi sendo destruído com as contratações de João Pereira e Sinama-Pongolle, primeiro, e com uma autêntica corrida ao investimento no primeiro Verão com Godinho Lopes no comando.

A estratégia despesista falhou. O Sporting quis arriscar numa conjuntura em que já se adivinhava o descalabro global e deu-se mal. O dinheiro da Liga dos Campeões faz muita diferença, quase tanta como o mercado de oportunidades que floresce à volta de uma presença na prova milionária. O Sporting falhou, por três pontos mas falhou, e este ano parece que está novamente a ir pelo mesmo caminho. É preciso restruturar, claro está. Restruturar.

Disse Godinho Lopes que um clube não pode viver a pagar um quarto daquilo que vende em encargos financeiros. Não é preciso ser génio. A solução é implementar a fórmula de sucesso da formação no futebol profissional, onde realmente tudo tem falhado. É preciso recorrer ao ADN da formação. Fátima Campos Ferreira está a dormir para o futebol e soltou um "isso vai demorar anos", mas na verdade as sementes sempre estiveram lançados. Afinal de contas, foi isso que permitiu a Paulo Bento ir camuflando o insucesso da estratégia financeira.

O regresso ao passado só é feito depois de dois exercícios com resultados negativos que superam os 90 milhões de euros. O número é pornográfico e irrepetível. Os custos aumentaram muito e de nada vale que a equipa esteja hoje muito mais bem dotada do que no passado. O plantel é equilibrado à excepção do ponta-de-lança e os patinhos-feios foram sendo erradicados progressivamente. Godinho Lopes queria um plantel internacional e conseguiu-o. Falta o resto.

O sucesso que a equipa B está a ter, com vários nomes na linha da frente, pode ter precipitado a estratégia que, na verdade, não é mais do que um sinónimo para "vamos ter de aplicar uma contenção de custos ao máximo, não há dinheiro, não se gasta". Vercauteren é também ele um elemento que se enquadra bem e tem uma matéria-prima que muitos gostariam de ter. Tem unhas na equipa principal e outras pronto a arranjar. Para já há seis jogadores formados no Sporting na equipa principal - todos os portugueses o são - e será inteligente se se continuar a apostar numa fase de mesclar os talentos estrangeiros com os nacionais.

É preciso ter paciência. Godinho Lopes está a ter um mandato para esquecer no futebol profissional e nas finanças. Sentir o plantel melhor não chega. Mas tem um grande mérito: este é de facto o caminho a seguir. E é-o com Godinho Lopes, com Bruno de Carvalho ou com qualquer outro. Seria bom encontrar um investidor estrangeiro, alguém que acreditasse no Sporting e estivesse disponível para injectar dinheiro, mas não seria suficiente. A bicefalia que Godinho Lopes fala entre futebol profissional e futebol de formação, entre SAD e clube, não tem mesmo razão para existir.

É preciso ter paciência. O Sporting é um clube que ganhou dois títulos nacionais nos últimos 30 anos, mas nós adeptos continuamos a acreditar que somos mais do que aquilo que somos realmente. É que mesmo antes desses 30 anos, o cenário não era muito melhor: da década de 50 até 1980 houve um título a cada quatro anos. Melhor do que hoje, mas ainda assim longe do sinal de grandeza que queremos ostentar.

É preciso ter paciência. Os jogadores são melhores do que aquilo que transparecem mas é preciso estabilidade. E essa estabilidade passa por tratar dos excedentários no final da época, identificar e corrigir as duas lacunas (um avançado e um médio mais criativo) e dar espaço a quem mais se destacou e mais talento demonstra na equipa B. E lança-los de forma gradual. Não é preciso inventar, apenas ter paciência. Difícil para quem anda há anos a desesperar por melhores dias.

Dixit: Oguchi Onyewu


24 de Outubro - entrevista ao portal Yanks Abroad

"O problema é que no Sporting era tudo uma confusão, mas agora estou numa melhor situação"

Dixit: Diego Capel


24 de Outubro - desmentido no site oficial

"Contrariamente ao que foi noticiado em alguma imprensa, em nenhum momento, eu, algum representante meu ou alguém habilitado por mim, admitiu a possibilidade de deixar o Sporting em Janeiro próximo. Hoje, como ontem, continuo agradecido aos dirigentes e aos adeptos . O que posso prometer, como sempre, é a minha entrega ao clube que me ofereceu a possibilidade de jogar o meu futebol."

Dixit: Oceano Cruz


29 de Outubro - após empate com a Académica (0-0)
"Um empate que tem quase sabor a derrota num jogo em que queríamos a vitória. Tivemos dificuldades na forma como circulámos a bola no campo adversário diante de uma Académica muito organizada e fomos penalizados com um empate"

[Não foi a melhor forma de passar a equipa ao novo treinador]"
É deveras complicado para o clube. Há que melhorar a intensidade de jogo, a velocidade como circulamos a bola, melhorar em algumas transições, muito trabalho para sair deste momento complicado"

[Como é que explica ter feito quatro jogos sem vitórias?]
"Em primeiro lugar, sou totalmente responsável por estes resultados negativos. Faltou um pouco o estado de espírito dos jogadores, a nossa organização colectiva e alguns momentos de desconcentração. Falharam demasiadas coisas para que possamos ser uma equipa competitiva"

[O novo treinador não podia ter começado mais cedo?]
"Sinceramente, acho que não. Há sempre um tempo de reconhecimento dos jogadores, seria difícil para o treinador chegar num dia e ter jogo noutro dia. Foi pena o treinador não ter o trabalho mais facilitado daqui para o futuro"

[Arias saiu ao intervalo por problemas físicos? A lesão de Boulahrouz é grave?]
"O Santiago foi um problema físico. O Boulahrouz ainda é cedo para aferir a extensão dessa lesão. Mas os dois jogadores estavam incapacitados para continuar a jogar"

[Vercauteren já teve com os jogadores? Como é que eles reagiram?]
"Ele é que sabe o que quer fazer com equipa. Os jogadores, como profissionais que são, têm que estar preparados"

28 de Outubro - antevisão ao jogo com a Académica

"Jogar em Alvalade tem de ser um prazer enorme porque é perante o nosso público. Se houver entrega por parte dos jogadores, os adeptos vão apoiar a equipa. Tem de ser muito melhor jogar em casa do que fora"

"Não encaro este jogo como se fosse o último de alguma coisa. O Sporting é muito importante na minha vida. Daqui a muitos anos vou trabalhar desta maneira"

"Não tem havido desconcentração colectiva. O que tem havido é pequenas desconcentrações momentâneas individuais. Não é normal estarmos em vantagem em muitos jogos e não conseguirmos segurar o resultado. Mas penso que a equipa tem sabido reagir às adversidades, mesmo quando não consegue vencer"

""Nesta altura, Vercauteren está a começar a conhecer os jogadores. A sua adaptação está a ser normal. Tivemos ainda poucos treinos. O tempo dirá como ele vai trabalhar e quais serão os métodos de treino. A importância deste jogo não permite extravasar"

25 de Outubro - após derrota com o Genk (2-1)

"Demonstrámos uma grande atitude, jogámos sempre com muita ambição, da maneira que gostamos, de trás para a frente. Foi uma pena e o resultado acaba por ser muito frustrante"

"Não falámos [ele e Vercauteren] sobre nada. Hoje a minha especial preocupação era só o jogo. Em relação a outros assuntos, não me preocupei com mais nada a não ser o jogo"

24 de Outubro - antevisão ao jogo com o Genk

"Motivar os jogadores trazendo à tona aquilo que eles têm de melhor. A capacidade técnica, a organização como equipa, algo que já fizemos a espaços com o Moreirense, mesmo que o resultado não tenha sido positivo. Este é um encontro de extrema importância e, se queremos continuar a acreditar, temos de vencer o Genk"

"Para mim este é mais um jogo ao serviço do Sporting e o meu futuro é o jogo de amanhã. Depois do Genk obviamente que virão outras coisas, mas o mais importante agora é o Genk e não o número de jogos que farei"

"Falando de forma sincera, logicamente que não estamos na situação ideal. No entanto, como profissionais que somos, temos de estar focados naquilo que é mais importante. O adversário vai criar-nos problemas suficientes para podermos pensar no resto. Sabemos que temos de estar focados e nada nos pode demover"

"[Sobre chamada de Betinho] Acho que é natural. Trata-se de um jogador que traz algo que pode faltar à equipa em alguns momentos, especialmente se precisarmos de mais um avançado"

Dixit: Rui Patrício


29 de Outubro - após empate com a Académica (0-0)

"Não está fácil. Queríamos vencer este jogo para dar a volta mas não conseguimos. Somos os principais responsáveis. Mas não podemos baixar a cabeça senão será ainda pior. Sabemos que temos qualidade mas temos de demonstrar isso dentro de campo. Somos nós os culpados e temos de assumir a responsabilidade. Só nos resta levantar a cabeça porque se a baixarmos, ainda pior. São muitos pontos para a frente mas ainda faltam muitas jornadas. Temos de começar a vencer."

25 de Outubro - após derrota com o Genk (1-2)

"Custa perder assim, ainda mais depois de termos controlado o jogo. Fizemos um excelente jogo e a equipa está de parabéns. Não fomos inferiores, demos tudo mas sofremos dois golos de bola parada. Segunda-feira já há outro jogo e não nos podemos continuar a lamentar"

"Tivemos oportunidades mas o que conta é o resultado final. Sofremos dois golos de bola parada e acabamos por perder"

"Temos sempre de melhorar. Vem aí um treinador e com certeza que nos vai ajudar. Aliás, como todos os outros fizeram. Temos de nos concentrar para segunda-feira dar a volta"

24 de Outubro - antevisão ao jogo com o Genk

"Sabemos que não temos tido bons resultados, mas espero que o cenário mude a partir de amanhã. Será um jogo complicado, frente a uma equipa com excelentes jogadores. No entanto, o importante somos nós e temos de ser nós a dar a volta à situação. Acredito que o faremos amanhã"

"Só podemos estar focados no Genk, isso é o mais importante. Não pensamos no que está à volta do clube, só temos em mente a vitória na Bélgica"

"É muito importante, temos ambição de passar à fase seguinte e só o conseguiremos se vencermos. Temos mesmo de vencer, para poder iniciar um ciclo positivo"

Apito: Szymon Marciniak


Não há nada a dizer sobre um árbitro polaco de 31 anos que nunca se cruzou com o Sporting. Tem uma curiosidade: o último jogo europeu que arbitrou foi uma vitória do Videoton por 3-0. Na Bélgica com o Gent.

Santa Clara-Sporting B, 0-2

Uma vitória que se torna em mais uma etapa de um caminho que se está a tornar surpreendente a todos os níveis. Seja com Oceano ou com Domínguez.

Golos de Diego Rubio (está muito melhor aqui do que na equipa A) e Ricardo Esgaio, mais uma vez de penálti

E da espera nasceu Frank Vercauteren


A espera acabou ao 19.º dia, depois de derrotas com FC Porto e Moreirense. O belga Frank Vercauteren, 55 anos, foi anunciado pelo Sporting como treinador até ao final da época podendo depois, dependendo do sucesso, prolongar a ligação ao clube.

Não é um nome consensual, como nenhum seria, e escapa ao rol de que os fanáticos do sportinguismo foram juntando às primeiras horas sem Sá Pinto. Não há Valverde, não há Scolari, não há Adriaanse, há um belga que tem como bandeira do currículo os três campeonatos belgas: dois pelo Anderlecht e um pelo Genk.

Há dois pontos essenciais a discutir: a capacidade de Vercauteren para ter sucesso e as razões da demora. Sou, por defeito, um sportinguista compreensivo. Mais do que os títulos, gosto da filosofia que Vercauteren parece assumir. As ideias-chave no ataque parecem ser ao estilo de Jorge Jesus, com uma clara aposta no 4x4x2 clássico ou no 4x1x3x2. Futebol de ataque, responsabilidade máxima, exigência no trabalho e futebol pressionante. A partir de amanhã, teremos longas dissertações na comunicação social dos seus talentos (como é habitual com todos os que chegam), mas espero que seja possível continuar. Mais não seja porque individualmente este Sporting é o melhor dos últimos anos.

As razões da demora? É ingrato falar disso. Gostava que fosse anunciado logo a seguir ao jogo com o FC Porto? Claro. Haveria todo um conjunto de vantagens, especialmente desde a familiarização com os jogadores e o ataque aos jogos decisivos com Moreirense e Genk. Mas não, demorou e comprovou uma teoria que fui desenhando. Godinho Lopes está mais preocupado com o futuro do que com o presente. As condições de sustentabilidade não são apenas a nível financeiro mas também desportivo. Imaginemos que Vercauteren chegava a seguir ao jogo com o FC Porto e, por inúmeras razões possíveis, também era eliminado pelo Moreirense e não conseguia vencer na Bélgica. Com apenas dois jogos, teríamos um treinador que já tinha sido eliminado da Taça de Portugal e que tinha concluído o funeral nas competições europeias.

Por isso, Godinho Lopes preferiu preservar a imagem do treinador. Começa a trabalhar a 30 de Outubro (contrato tem exactamente oito meses, arredonda os pagamentos) e estreia-se no Bonfim com o Vitória de Setúbal.

domingo, 14 de outubro de 2012

À espera de treinador

O arranque oficial deste blogue está marcado para o dia em que o Sporting Clube de Portugal anunciar o nome do treinador que vai suceder a Sá Pinto.