quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sintético em Alvalade? Nunca

Os problemas no relvado no "novo" estádio não são de hoje e dificilmente alguma vez estarão definitivamente resolvidos. O problema é estrutural, de alguém que se preocupou em demasia em fazer uma coisa bonita e artística do que algo funcional, no sentido mais literal.

O estado do relvado é lastimável e há muito que entrámos num ciclo vicioso, mas nem por isso sou favorável à solução que se fala frequentemente. A instalação de um sintético resolveria o problema e diminuiria os custos de manutenção mas, mais uma vez, seria pensar pouco no sentido funcional.

Por mais estrelas ou gerações que tenham, os sintéticos são problemáticos para muitos jogadores. Seja com problemas de músculos, tendões ou ossos, há muito que a solução é mal vista por profissionais. Se o Sporting cedesse à tentação chamada sintético, estaria também definitivamente a subscrever mais problemas durante o mercado de transferências.

Izmailov estaria em Alvalade se fosse sintético? Jeffrén? Rodríguez teria vindo? Não está em causa a qualidade dos três jogadores mencionados, mas sim muitos que no futuro mostrariam outra cautela antes de assinar por um clube que lhe daria grande parte da época a jogar numa superfície artificial. Para uma equipa com muitos problemas - essencialmente financeiros - para atacar o mercado, a agravante do sintético tornaria tudo ainda mais complicado.

Vantagens? Claro que há. Poderia até ser uma vantagem desportiva, como o Spartak Moscovo para conseguir fazer, mas parece-me que a situação ainda não é insustentável para acreditar que não há mais alternativas. Para não falar de que marcaria, muito possivelmente, o adeus definitivo da selecção nacional aos jogos em Alvalade.

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